segunda-feira, 14 de março de 2011

Meio Ambiente, Environment, WWF

Berço das Palavras

O tom que não se encontra nos catálogos nem nas escalas cromáticas...
Mas então, por que as pessoas se referem a essa cor quando se diz que alguém foge assustado, que dá no pé?
Ela encerra um equívoco. Na verdade, o burro não muda de cor quando está fugindo - aliás, nem quando escoiceia ou trabalha como "burro de carga".

A cor dele é sempre a mesma, o tempo todo. Seu jeitão é manso, pacato, conformado com o triste destino que o oprime. Não se altera, não reclama, nada pede ou reivindica.

Mas se alguém o provoca e ele desembesta, saia da frente pois...

assustado, o bicho fica feroz, leva de roldão tudo o que encontra pelo caminho.

Por tudo isso, a expressão correta é "corra de burro quando (ele) foge".



*Márcio Cotrim - Autor, dentre outras obras, dos livros O Pulo do Gato I e II (Geração Editorial). www.marciocotrim.com.br





Bluetooth - Dentre as mais recentes engenhocas eletrônicas da vida contemporânea, está em moda o Bluetooth - pronuncia-se blu-túç - "dente azul" em inglês. É a tecnologia que permite comunicação simples, rápida, segura, barata e sem fio entre aparelhos como computadores, celulares, escâneres e outros dispositivos eletrônicos. A expressão tem berço bastante específico e até curioso: é uma homenagem ao rei da Dinamarca Harald Blatand, também conhecido como Harald Bluetooth, "Haroldo Dente Azul", por ter ele dentes azulados.





Maria cachucha - Antiga dança espanhola a três tempos em que o dançarino, ao som de castanholas, começava num movimento moderado, que se ia acelerando até terminar em vivo volteio. Teve certa voga na França quando Fanny Essler, artista célebre, a dançou na Ópera de Paris. No século 19 em Portugal, as pessoas do povo dançavam em praça pública a popular cantiga. Entre nós, a expressão nada tem a ver com música. Lembra a moça que, embora desajeitada com seu lacinho na cabeça, continua mimosa, doce no convívio social.



Cochinchina - Antigamente designava um lugar distante, inacessível, até inexistente. Dizia-se tão irreal quanto outros absurdos, como Caixa-Prego e Goma-Arábica. Na verdade, Cochinchina foi a região assim chamada pelos navegadores portugueses pela localização intermediária entre Índia e China: "Cochim", em português da época, era o nome que se dava à Índia. Na Segunda Guerra, com a França sob o nazismo, o Japão ocupou a área. Terminado o conflito, foi um dos cinco Estados do reino da Indochina, que ainda possuía Tonkím, Annam, Camboja e Laos, todos constituindo o núcleo do Vietnã do Sul, do qual se originou o atual Vietnã.



FONTE:

Revista Lingua Portuguesa - www.revistalingua.com.br

M DE MULHER

Seus Malabarismos Mágicos Manipulam Marionetes.
Meninas, Mães, Madres, Marquesas e Ministras.
Madalenas ou Marias.
Marinas ou Madonas.
Elas são Manhãs e Madrugadas.
Mártires e Massacradas.
Mas sempre Maravilhosas, essas Moças Melindrosas.
Mergulham em Mares e Madrepérolas.
E são Marinheiras e Magníficas.
Mimam Mascotes.
Multiplicam Memórias e Milhares de Momentos.
Marcam sua Mudança.
Momentâneas ou Milenares, Mudas ou Murmurantes,
Multicoloridas ou Monocromáticas, Megalomaníacas ou
Modestas, Musculosas, Maquiadoras, Manicures,
Maiores, Menores, Madrastas, Madrinhas, Manhosas,
Maduras, Molecas, Melodiosas, Modernas, Magrinhas.
São Músicas, Misturas, Mármore e Minério.
Merecem Mundo e não Migalhas.
Merecem Medalhas.
São Monumentos em Movimento, esses Milhões de
Mulheres Maiúsculas.

Autor desconhecido

Fonte: SOS Dona de Casa, março 2011.