quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CORRIDA DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA



Assisti a esse vídeo hoje em uma palestra do Curso de Verão da SMED e, por ter um significado tão tocante, resolvi compratilhá-lo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

De volta à vida

A genética e a tecnologia são as armas mais


promissoras para reviver animais extintos

e salvar outros em via de desaparecer



Luiz Guilherme Megale

Nos últimos quatro anos, o pesquisador Don Colgan, do Museu Australiano, tem se dedicado a ressuscitar um animal cujo último exemplar foi visto vivo em 1936. Seu objetivo é recriar um espécime de tigre-da-tasmânia em laboratório com o uso da clonagem até 2010. Em maio deste ano, Colgan conseguiu uma vitória excepcional nesse desafio. Reproduziu milhões de cópias do DNA (o código genético) de um animal morto há 136 anos e desde então guardado num vidro com álcool nos depósitos do museu. Pela primeira vez cientistas têm em mãos amostras de DNA com potencial para ser implantadas em células vivas. Os próximos passos da pesquisa são seqüenciar os genes do animal, como foi feito com os dos seres humanos no Projeto Genoma, e identificar um bicho que possa ser o hospedeiro de uma gestação. Paralelamente, pesquisadores continuam percorrendo pontos remotos da Tasmânia, ilha ao sul da Austrália, atrás de algum tigre que possa ter sobrevivido escondido, um trabalho que até agora não tem tido nenhum sucesso.

A tentativa de recuperar o tigre-da-tasmânia, um marsupial carnívoro de mandíbulas enormes, é um exemplo de como o homem tenta reverter os prejuízos que causou a outras espécies. É uma tarefa cara e complexa que tem apenas 10% de chance de dar certo. "Não desistiremos, nem que isso leve vinte ou trinta anos", diz o pesquisador Colgan. Ressuscitar o tigre-da-tasmânia é uma questão de honra para os australianos. Esse animal atraiu o ódio dos colonizadores europeus ao atacar os rebanhos de ovelha e foi caçado sistematicamente. O governo colonial da Tasmânia oferecia recompensa de 1 libra por um escalpo do tigre, o que provocou um massacre da espécie. O tigre-da-tasmânia é apenas uma das espécies que acabaram desde a chegada do primeiro homem pré-histórico à região que compreende a Austrália, a Nova Zelândia e a Tasmânia, há cerca de 50 000 anos. Calcula-se que desde aquela época tenham desaparecido pelo menos vinte espécies de canguru gigante e outros marsupiais. "Esses animais foram caçados até desaparecer por completo", diz Tim Flannery, especializado em mamíferos, que coleciona roedores e marsupiais no Museu Australiano.

Da mesma forma que acontece na Oceania, no resto do mundo cientistas se esforçam como podem para salvar animais que estão correndo o risco de desaparecer. É um trabalho duro cujos resultados são obtidos com muita dificuldade, uma vez que o estrago tem dimensões colossais. Estima-se que, nos últimos 500 anos, 816 espécies de animais tenham sido extintas pela ação direta ou indireta do ser humano. De 1996 a 2002, o número de animais ameaçados saltou de 5 205 para 5 435, um aumento de 4,4%. Dependendo da espécie, isso significa um aumento de 1 000 a 10 000 vezes no ritmo natural de extinção. A principal ameaça moderna aos animais é a alteração e destruição do meio ambiente em que eles vivem. A União Internacional de Conservação (IUCN), entidade que compila as espécies ameaçadas de extinção, calcula que a voracidade com que o homem avança para áreas até então intocadas e a poluição ambiental sejam as principais ameaças para 89% das espécies de aves sob risco, 83% dos mamíferos e 91% das plantas. Em seguida vem a introdução de espécies alienígenas, que competem com as espécies nativas e desestabilizam a cadeia alimentar.

Entre os animais que correm maior risco de entrar na lista dos extintos estão primatas como o gibão-de-cabeça-preta, o macaco mais ameaçado do mundo. São apenas vinte exemplares desse animal vivendo na floresta da pequena Ilha de Hainan, na China, dependendo da proteção do governo para sobreviver. Outro primata asiático ameaçado, o langur-de-cabeça-branca, é bastante procurado pela população das cidades chinesas de Fusui, Chongzuo, Ningming e Longzhou, que utiliza seus órgãos para a fabricação de tônicos fortificantes. Hoje apenas 400 langures-de-cabeça-branca estão vivos. Na Europa tenta-se salvar animais como o lince ibérico. É o felino mais ameaçado do mundo e a espécie foi reduzida a apenas 300 exemplares. Com cerca de 1 metro de comprimento e peso variando entre 12 e 20 quilos, ele tem uma vistosa coloração alaranjada com pintas pretas, bem parecidas com as de uma onça. Esse animal foi muito caçado pela beleza da pele, e sua recuperação é considerada uma das mais complexas.

NO BRASIL, O IBAMA ESTIMA QUE EXISTAM 627 ESPÉCIES animais em risco de extinção. Entre os animais considerados extintos estão a arara-azul pequena, que vivia nas ribanceiras do Rio Paraná. Há dois anos foi a vez da ararinha-azul, nativa do Nordeste, ser considerada extinta na natureza depois que o último animal que era acompanhado pelos técnicos do Ibama desapareceu. Hoje existem 54 exemplares em cativeiro e os planos dos técnicos do Ibama que se dedicam à recuperação da espécie são reintroduzi-los em seu habitat no futuro. Esse processo de reintrodução funcionou bem com uma espécie que durante a década de 80 se tornou o símbolo da extinção no Brasil, o mico-leão-dourado. Esse pequeno animal de 60 centímetros, que pesa pouco mais de meio quilo, é ainda hoje um dos mais raros primatas do mundo. Numerosos até o século XIX, esses macacos começaram a rarear quando seu habitat, a Mata Atlântica do Rio de Janeiro, passou a ser devastado. Sua beleza o tornou cobiçado por traficantes. Nos anos 70, descobriu-se que apenas 100 deles ainda estavam vivos.

Desde então a caça foi proibida e criaram-se duas reservas especiais no Rio de Janeiro para a recuperação da espécie – Poço das Antas e União. Há 135 zoológicos de todo o mundo envolvidos no esforço de recuperação e hoje existem aproximadamente 1 000 micos. Os primeiros animais começam a ser liberados em áreas especiais em fazendas dos municípios de Silva Jardim e Rio Bonito. O mico-leão-dourado é um animal exigente, que só sobrevive na Mata Atlântica a menos de 100 metros de altitude. A reprodução é igualmente complexa, pois é preciso evitar que o cruzamento consanguíneo ameace a saúde genética da população. A operação de salvamento é caríssima e custa entre 25 000 e 30 000 dólares por animal, bancada por instituições como a National Geographic Society, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a Smithsonian Institution. Mas é um esforço que vale a pena.

Revista Veja. Edição especial Ecologia, dezembro de 2002, p. 56 a 59.

INTRODUÇÃO AOS VERBOS - TEMPO E MODO

Objetivos: Identificar verbos em um texto, sua aplicação e os diferentes usos dos tempos verbais.

Conteúdo: Verbos

Metodologia/ estratégias:

1º passo: Organizar a turma em grupos e oferecer a cada grupo um texto diferente retirado de revistas ou da internet, preferencialmente breves. Sugiro os tipos de texto abaixo por serem fáceis de fazer uma relação com os tempos/ modos verbais neles empregados, mas podem ser outros.

PROPAGANDA => VERBOS NO IMPERATIVO

NARRATIVA => VERBOS NO PRETÉRITO

RECEITA => INFINITIVO VERBAL

CRÍTICA LITERÁRIA=> PRESENTE

Os verbos dos textos devem ser grifados.

2º passo: Os alunos, após fazerem a leitura, devem identificar no texto os seguintes dados:

a) Qual o tema do texto lido e qual a sua finalidade?

b) Copie no caderno as palavras grifadas.

c) Na sua opinião, para que servem essas palavras?

Assim que os grupos encerrarem suas observações, devem relatá-las para a turma.

3º passo: Informar que as palavras grifadas se tratam de VERBOS e construir em conjunto com a turma uma definição para essa classe gramatical.

4º passo: Montar no quadro a tabela cujas colunas devem ser os tempos e modos que apareceram predominantemente nos textos trabalhados.
Como a aula é introdutória para o assunto, ainda não é necessário fazer uma diferenciação entre tempo e modo, mas é importante destacar seu uso. Para facilitar o enquadramento dos verbos na tabela, você poderá explicar melhor como identificar cada um deles, por ex., dizendo qual a desinência do infinitivo, etc.

5º passo: Após todos os verbos estarem na tabela, é hora de treinar sua flexão, mantendo a pessoa verbal e preencher as demais colunas. Nesse momento, também é interessante fazer alguns desdobramentos, como pretérito perfeito e imperfeito e acrescentar outros tempos verbais como o futuro do presente, partindo das manifestações dos alunos.

6º passo: Passar no quadro ou distribuir material impresso contendo todas as informações pertinentes sobre tempos e modos, inclusive as que ainda não foram trabalhadas na tarefa anterior. Comentar o material.

7º passo: Distribuir o texto “Carne do futuro pode ser artificial”, ler em grupo e pedir aos alunos que copiem um verbo de cada tempo/ modo, presente no material distribuído ou passado no quadro. Anotar no quadro os resultados obtidos pelos grupos, comentando.

            Carne do futuro pode ser artificial, diz cientista


                                           Vagnaldo Marinheiro

Se você gosta de carne, corra para uma churrascaria, porque renomados cientistas acreditam que em 40 anos não haverá suculentos bifes para todo mundo. Muitos terão de comer carne produzida em laboratório.

A advertência faz parte de uma série de 21 artigos científicos encomendados pelo governo britânico para projetar a situação alimentar do mundo em 2050. As conclusões: a população será de 9 bilhões de pessoas, e o consumo per capita de alimentos também crescerá, principalmente nos países em desenvolvimento.

Por isso, será necessário aumentar muito a produção de alimentos. Haverá competição por terra e por água, e o preço da comida vai subir. Nos últimos anos, a tecnologia ajudou. Técnicas de plantio, melhora nas sementes e controle de pragas aumentaram a produtividade.

Na pecuária, estudos genéticos, inseminações artificiais e redução de doenças fizeram os animais terem mais peso (30% a mais no caso das vacas desde 1960) e darem mais leite (30% a mais por vaca no mesmo período).

Chegará um momento, porém, em que preconceitos deverão ser deixados de lado. Aí entra a carne artificial, ou produzida em laboratório.

"A carne in vitro já se provou factível e pode ser produzida de uma forma mais saudável e higiênica que na pecuária atual", disse Philip Thornton, do Instituto Internacional de Pesquisas em Pecuária de Nairóbi, no Quênia.

Estudos sobre carne in vitro começaram há cerca de dez anos. Trata-se de retirar células de um animal vivo e fazer com que se reproduzam até virar tecido muscular. Em janeiro, europeus criaram carne de porco assim.

Curioso é que a discussão surja agora, quando o Reino Unido investiga se a carne de filhos de uma vaca clonada foi ao mercado sem aviso a autoridades e consumidores.

Para os cientistas, a necessidade poderá obrigar a população que hoje teme animais clonados a aceitar a carne produzida em laboratório.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/784128-carne-do-futuro-pode-ser-artificial-diz-cientista.shtml. Acesso em 18 de ago. 2010.

Recursos: Textos extraídos de revistas ou internet, quadro, giz, material impresso (se optado por ele), papel e caneta.

Avaliação: A avaliação será no decorrer de toda a atividade, em que a professora, através da participação dos grupos, buscará identificar o grau de dificuldade apresentado pela turma a fim de enfatizar mais suas explicações sempre que necessário.